Há um risco trazido pelas perdas de abelhas em razão da catástrofe climática registrada no Estado que vai além da produção de mel. Com uma redução estimada em 35% em razão da cheia, os enxames precisam ser recompostos para garantir, também, a polinização, observa Patric Lüderitz, coordenador da Câmara Setorial de Apicultura e Meliponicultura do Estado, e vice-presidente da Federação Apícola do RS (Fargs):
— Imagina culturas como a canola, como a soja precisando de polinização e estamos com polinizadores a menos.
A chegada da primavera promete trazer uma ajuda extra, porque na estação ocorre a divisão dos enxames. O problema, pontua Lüderitz, “é que muitos dos que se dividiriam agora, não existem mais na natureza”, então será deficitária em relação aos anos anteriores.
Outras ações se tornam necessárias e vêm sendo desenvolvidas para a recuperação do setor. Há diferentes necessidades, porque houve grau variado de impactos: alguns produtores perderam tudo, outros tiveram danos em caixas, outros de parte dos enxames. Recursos e políticas públicas são considerados cruciais para reerguer o segmento.
No momento, caixas para as abelhas estão sendo produzidas no parque apícola Emílio Schenk, no Vale do Taquari, assim como cera e material genético.
— Estamos tentando auxiliar a natureza a se recompor em um breve espaço de tempo — afirma Lüderitz.