Nova Petrópolis, na Serra, é o primeiro município a ter o mapeamento das áreas de risco associados aos movimentos de massa (deslizamentos, movimentos de blocos, rastejo, etc) e inundações concluído. O relatório entregue traz ainda sugestões de intervenção. O levantamento é conduzido por pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e faz parte de ação emergencial, com duração de 12 meses. Ao todo, 93 cidades, entre as mais afetadas pela catástrofe climática, serão mapeadas.
— É um mapeamento colaborativo, com apoio da Defesa Civil, da prefeitura e da população. Percorremos os municípios tentando identificar e caracterizar áreas de risco muito alto e alto — explica Diogo Rodrigues, chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB.
Feito o trabalho a campo, vem a etapa do "escritório", com a interpretação dos dados e as sugestões de intervenção para o local, gerando o relatório. O arquivo com as informações vai compor o banco de dados da instituição que faz o monitoramento e o alerta.
Rodrigues explica que o projeto contempla 91 municípios que tiveram calamidade pública com o excesso de chuva deste ano, mais Canela e Nova Petrópolis.
— O estudo deve mostrar que, aparentemente, estamos tendo um cenário de avanço, com eventos extremos potencializando o surgimento das áreas de risco. Outro problema também, às vezes, é o crescimento sem controle. As cidades estão crescendo para áreas mais críticas — pontua o chefe do Departamento de Gestão Territorial.
Além de Nova Petrópolis, com relatório concluído, pesquisadores do SGB estiveram, nesse primeiro momento, em Agudo, Barra do Rio Azul, Canela, Cruzeiro do Sul, Esteio, Feliz, Gramado, Marques de Souza, Ponte Preta, Severiano de Almeida e Silveira Martins.