O diagnóstico feito pela Embrapa a partir de uma plataforma com foco na mitigação de efeitos climáticos adversos é o ponto de partida para o projeto de uma agenda integrada para a reconstrução do Estado.
Colaborativa, a ferramenta trouxe informações que serão apresentadas nesta quarta-feira (23), na Capital, para instituições e entidades ligadas à agropecuária gaúcha. Como a de que o custo médio estimado para a restauração de cada hectare é de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Entram nessa conta, entre outros itens, a despesa para reverter perdas de solo, horas-máquina, mão de obra.
O projeto da plataforma já estava previsto, mas sua execução precisou ser antecipada a partir do estudo de um caso real, trazido pela conjuntura da catástrofe de maio registrada no Rio Grande do Sul. O pesquisador e coordenador da plataforma da Embrapa Ernestino Guarino explica que o trabalho multidisciplinar teve como etapa inicial a ida a campo, para caracterizar e quantificar os danos:
— Usamos dados da Emater para espacializar isso. Percorremos toda a mancha de inundação, as bacias hidrográficas.
A partir do detalhamento a ser apresentado, a ideia é a construção colaborativa de um "plano de ação”, acrescenta Guarino. No custo da reconstrução a Embrapa considera como componentes cruciais a adoção de práticas conservacionistas e a reconstituição de áreas de preservação permanente.
— É uma apresentação e um convite. Nossa abordagem parte de que para continuar existindo em meio às alterações climáticas, a agricultura precisará mudar — completa José Cléber de Souza, superintendente regional do Ministério da Agricultura.