A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Considerada uma aposta desta safra de inverno, a canola deve se confirmar como uma das promessas de renda ao produtor gaúcho neste ano. Apesar do plantio ter começado atrasado em razão do excesso de chuva no outono, as condições climáticas de agosto e setembro foram favoráveis para as lavouras — com frio e precipitações na medida. A projeção da Emater, até o momento, está mantida: de 226,5 mil toneladas, o dobro do volume de grãos do ciclo passado.
— Ainda tem períodos de expectativa (até a colheita), mas o cenário é animador em relação àquilo que vivenciamos no começo — reforça Alencar Rugeri, assistente técnico de culturas da Emater.
E não é apenas o bom desenvolvimento dos 134,9 mil hectares semeados com a cultura — a maioria, neste momento, na fase de enchimento de grãos — que contribui para a avaliação deste cenário. Há também motivos no mercado que aquecem as expectativas da safra, aponta o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Canola (Abrascanola), Vantuir Scarantti:
— Seja por empresas ou cooperativas, a compra da canola já está garantida ao produtor. Sem falar na liquidez que está sendo oferecida. O preço pago pela saca da canola está entre 85% e 90% do preço da soja.