A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Interditada desde o dia 24 de maio após suspeita — e posterior confirmação — de casos de influenza aviária, a Estação Ecológica do Taim reabriu parcialmente as suas entradas na quarta-feira (12). A informação foi confirmada pelo chefe da estação, Fernando Weber. A unidade de conservação, localizada entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no sul do Estado, está agora com visitação e área de pesquisa científica funcionando. A interdição continua valendo para a área do Taim que abrange a lagoa Mangueira, sem previsão de reabertura.
A decisão foi tomada após reavaliação do cenário, explica Weber:
— Nesses mais de 30 dias de monitoramento, conseguimos constatar que o foco se restringiu à lagoa Mangueira. E também porque todos os procedimentos de segurança estão internalizados na equipe da unidade de conservação.
Detectada há um mês e meio no local, a influenza aviária já matou 107 aves silvestres — todas espécies de cisnes — na área da lagoa. O último registro ocorreu na quarta-feira, com mais cinco aves infectadas. Fora da Mangueira, não foram encontradas aves mortas.
— Enquanto estivermos com surto de H5N1, (a lagoa Mangueira) permanecerá interditada — reforçou Weber à coluna sobre uma possível previsão de reabertura total da estação.
A Estação Ecológica do Taim é local de diversas pesquisas sobre fauna, flora e qualidade da água realizadas por profissionais de universidades como a Federal de Rio Grande (FURG), Federal de Pelotas (UFPEL) e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em relação à influenza aviária, até o momento o Rio Grande do Sul permanece com um foco da doença em território gaúcho. O Brasil já soma 63, a maioria concentrada no Espírito Santo, onde a doença foi pela primeira vez detectada no país. Além disso, o Brasil continua com status de livre de influenza aviária, porque a doença não alcançou granjas comerciais — apenas aves silvestres (62) e domésticas (1).