A segunda safra de certificação do azeite de oliva gaúcho com o Selo Produto Premium Origem e Qualidade RS está em plena colheita. A estimativa do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) é de que entre o final deste e o início da próxima semana já se tenham os resultados das análises finais das 102 amostras entregues — 83 em um primeiro momento e outras 19 agora. O trabalho fica a cargo do Painel Sensorial Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Estado, único no país acreditado pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). Uma vez habilitadas, as marcas poderão ostentar em seus rótulos o selo, usado pela primeira vez no ano passado.
Para chegar nessa etapa, em que são verificados atributos como aroma, amargor e pungência, o material passou antes pelo exame físico-químico, feito pela Embrapa Clima Temperado, explica o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes.
— Essa é uma certificação oficial. Em termos institucional, agrega muito. E tem um caráter muito mais técnico do que as medalhas em premiações — completa o dirigente, acrescentando que não há cobrança para que essa classificação seja feita.
Fernandes reforça que, com a safra praticamente encerrada, pode-se falar em recorde, faltando apenas fechar o volume exato. Os 17 lagares existentes no RS estão sendo consultados no levantamento feito pela entidade.
A perspectiva é de que o potencial siga sendo de crescimento na próxima safra gaúcha, com as atenções se voltando para o tempo, já que é no período de floração é importante que não haja excesso de umidade.