A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
E segue o baile da premiação dos azeites de oliva de marcas do Rio Grande do Sul. O Estado emplacou 39 medalhas, entre ouro e prata, em diferentes variedades, no EVO International Olive Oil Contest, na Itália, considerada uma das mais importantes do setor. Dessas, sete foram conquistadas pela Estância das Oliveiras, de Viamão. A festa também teve direito a Milonga, rótulo produzido em Triunfo, na Região Metropolitana, e que leva o nome do gênero musical apreciado pelos gaúchos. Foram três “ouro” conquistados na competição.
Christian Vogt, sócio e sommelier da Milonga, avalia que o reconhecimento resulta dos cuidados na elaboração, que vão desde o preparo da terra até o envase do azeite, além do clima seco no verão. E sobre a escolha do nome, ele explica:
— Queria homenagear a nossa terra, divulgar o nosso jeito de ser e compartilhar sensações e a paixão pelo azeite de oliva do mesmo modo que a música faz.
Assim como a música, a literatura gaúcha também foi homenageada pela Milonga. A marca batizou o nome das suas três linhas de O Continente, O Retrato e O Arquipélago, em alusão à obra O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo. Os três rótulos premiados na Itália são da segunda linha, que leva as variedades arbequina (mais suave) e koroneiki (com notas herbáceas) e um blend de arbequina com coratina (mais amargo).
Com seis anos, 50 hectares de oliveiras e 10 mil litros de azeite produzidos neste ano, a marca Milonga soma sete medalhas — quatro delas conquistadas no ano passado.
E não deve parar por aí. Para Vogt, é importante esse reconhecimento: “Mostra que a gente está no caminho certo”.
Ao todo, 44 rótulos brasileiros receberam medalha no concurso da Itália.