Com produtos há apenas dois anos no mercado, a marca gaúcha Lagar H, de Cachoeira do Sul, comemora uma safra farta, de 60 premiações no período. E se prepara para dar um novo passo. No próximo ano, deve abrir a área de industrialização (o lagar) dentro da propriedade para visitações.
Será uma experiência a mais para quem for conferir os 170 hectares plantados (nem todos em produção) no local, que renderam, neste ano, 25 mil litros de azeite, além de novas distinções. A mais recente, do guia italiano Lodo Guide, ficou na relação dos cinco melhores do mundo na categoria frutado médio.
— Receber um prêmio pelos nossos azeites, que são de altíssima qualidade, significa reconhecimento. Nos dá a certeza de que a gente está no caminho certo — afirma Glenda Haas, uma das fundadoras e diretora geral da Lagar H.
Para a empresária, o segredo do sucesso tem sido o cuidado em todo o processo, da escolha da terra ao processamento:
— Não envasamos o azeite só para envasar. Escolhemos as variedades mais legais e fazemos combinações. Cada ano é um produto diferente.
Já são três safras da marca, período em que foram produzidos 14 tipos de azeites de oliva. A primeira foi em 2020: 30 mil quilos de fruta em 70 hectares produtivos, que resultaram em 3 mil litros de azeite. Os investimentos feitos permitiram ampliar não só o volume, mas também a estrutura para o processamento. O lagar passou por uma série de reformas para ampliação e modernização. Entre as novidades está a autossuficiência em energia, por meio de instalação de placas solares, e de água, a partir do tratamento do açude da propriedade.
— Não adianta fazer o melhor azeite do mundo e não pensar no meio ambiente e no social — argumenta Glenda.
*Colaborou Carolina Pastl