A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Além das conquistas que o Rio Grande do Sul espera ter com a missão presidencial à China, como a coluna já publicou, outras promessas de negócios alimentam a expectativa do agro gaúcho com o gigante asiático. Uma delas é a intenção de visita ao Estado da empresa pública XMXYG, que tem interesse em importar carne de frango, suína e bovina, entre julho e agosto deste ano.
Representante do governo do Estado na delegação que viajou na primeira etapa da missão, encerrada na semana passada, Evaldo Silva Júnior explica que o motivo da viagem foi justamente esse:
— Batemos muito na tecla de localização estratégica do Rio Grande do Sul como o centro do Mercosul e como isso é importante — diz ele, que é diretor do Departamento de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Secretário da pasta, Ernani Polo concorda:
— Nós não temos ainda uma presença, a visibilidade internacional é muito pequena. E hoje, em um mundo globalizado, fica muito mais difícil tirar uma fatia daquilo que já foi ocupado. Queremos internacionalizar o Rio Grande do Sul.
Outra empresa pública chinesa que deve ir ao Rio Grande do Sul até abril é a ITG — a mesma que assinou, junto com a TJJT, um protocolo de intenções para as áreas de aves, suínos, bovinos e ração da cooperativa Languiru ao seu negócio. No caso da ITG, a visita será com a Tianjiao Foods para a avaliação da instalação de um escritório no Estado.
A privada Jilin Xinxing Glass Co., Ltd, voltada à mineração, também manifestou interesse em investir no Rio Grande do Sul. Assim como a Changzhou General Machinery Co. Ltd, do setor de máquinas e implementos agrícolas, que busca estabelecer uma joint venture com um parceiro gaúcho.
Silva Júnior se reuniu com pelo menos outras 10 empresas e grupos chineses que demonstraram a possibilidade de investimentos no Estado, nas áreas de proteína animal e grãos.
Outra expectativa gerada com a viagem foi a assinatura de um termo de intenção de cooperação estratégica para elaborar um documento que facilite as informações a empresas brasileiras que tenham interesse em se habilitar para exportar para a China.
E segue a expectativa de que, nos próximos dias, a China reconheça o status sanitário do Rio Grande do Sul como livre de febre aftosa sem vacinação. Assim como da habilitação de exportação de carne bovina pelo frigorífico Silva, de Santa Maria. No caso da carne de frango, é uma unidade da Languiru que está mais próxima de conseguir a chancela. O que falta é a inspeção sanitária presencial.
