Prevista inicialmente para março, a missão presidencial do Brasil à China se concretiza agora e reforça a expectativa de que novos anúncios sejam feitos. É a primeira visita oficial da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Há pelo menos duas conquistas que o Rio Grande do Sul espera ver concretizadas. Uma é o reconhecimento do país asiático do status do Estado como zona livre de aftosa sem vacinação.
Embora haja certificado internacional, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), cada país em que se busca acesso em razão da condição precisa dar sua validação também. Na prática, isso representaria acréscimo importante no portfólio de produtos exportados pelo RS. Entrariam na lista carne suína com osso e miúdos.
— O Estado já tem oito plantas habilitadas, é só uma extensão do tipo de carne (a ser exportada). O Paraná (que também obteve a certificação de livre de aftosa sem vacinação) não tem benefício imediato porque precisa habilitar as plantas – observa Rogério Kerber, diretor —executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips).
Por essa condição, de ter frigoríficos aptos, o Estado pode começar a realizar embarques de carne com osso e miúdos imediatamente, acrescenta o dirigente, em havendo o reconhecimento chinês:
— As plantas já estão aprovadas, é só questão de produzir e embarcar.
Também poderá sair o aguardado credenciamento para que o frigorífico gaúcho Silva, de Santa Maria, possa embarcar carne bovina ao país asiático.