O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Entidades ligadas à produção agropecuária no Rio Grande do Sul formataram uma pauta única de reivindicações a ser encaminhadas aos governos estadual e federal com o objetivo de atenuar efeitos da estiagem no Estado. Fetag, Farsul, Fecoagro, Emater e Famurs listaram 10 medidas de combate ao problema, que já afeta lavouras gaúchas mais uma vez.
A avaliação das entidades é de que o momento é de “extrema gravidade”, pois em algumas regiões, como o Noroeste, a escassez de chuva já comprometeu parte da safra de milho. Além disso, lembram que os meteorologistas já confirmam a incidência de La Niña até o final do próximo verão, o que afetará o volume de precipitação em todo o território gaúcho.
Confira as demandas do setor:
Ao governo federal
- Agilidade na emissão do Relatório de Comprovação de Perdas (RCP) na cultura do milho - Proagro/Seguro Agrícola - ao agente financeiro, a permitir em tempo a implantação de outra cultura financiada na mesma gleba
- Criar uma linha de crédito de custeio de milho emergencial que não tenha impacto no risco bancário e no limite de crédito para permitir o produtor rural implantar outro empreendimento
- Aumento da oferta de milho na modalidade ProVB / Conab destinando ao Rio Grande do Sul ao menos em 100 mil toneladas
- Aumento do limite de consumo para bovino de leite de 60 para 120kg/mês no programa ProVB da Conab
Ao governo estadual
- Criação de um grupo de monitoramento dos impactos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul
- Priorização de política de incentivo a reserva de água e irrigação adequada à realidade das propriedades rurais e da legislação ambiental
- Consolidar o entendimento sobre a legislação ambiental para permitir a armazenagem da água com a finalidade de uso na irrigação
- Desoneração tributária dos equipamentos de irrigação
- Reabertura do Programa Troca-troca de Milho Safrinha
- Antecipação da abertura do Programa Forrageiras