A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, passa hoje pelo parque Assis Brasil, em Esteio. Receberá a medalha Paulo Brossard, com outras cinco personalidades do agronegócio. Outras atividades dentro da programação da feira estão previstas. E como não é todo dia que a ministra vem, entre uma agenda e outra, assuntos que estão no radar do setor deverão ser endereçados.
Um deles é a criação de um fundo nacional de indenização em caso de focos de aftosa levarem à necessidade de abate de bovinos e bubalinos. O Estado, com o Paraná, está no processo de busca do status de livre da doença sem vacinação.
– Quero saber como está o estudo. Este é o tema que tenho para conversar com a ministra – resume Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
A preocupação é em garantir que os investimentos feitos em genética venham a ser considerados para fins de indenização, caso seja necessário. A questão entra também na lista da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), que pretende falar ainda sobre segurança no meio rural.
– Precisamos pensar em uma política nacional. O produtor tem estoque a céu aberto – diz o presidente Leonardo Lamachia.
Para Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), uma questão importante a ser resolvida é em relação à disponibilidade de “milho balcão”, modalidade do governo federal que tem como principal vantagem a eliminação do custo de produção. A iniciativa é vista como fundamental diante da alta nos custos de produção. O grão é um dos ingredientes da alimentação de animais.
– Outra pauta será a de que já estão faltando recursos do BNDES nas linhas do Pronaf de investimentos – acrescenta.
Com apenas três meses de vigência do Plano Safra 20/21, escassez de crédito em linhas usadas para a compra de equipamentos igualmente mobilizam o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos (Simers):
– Foi pouco dinheiro e muita venda – entende Claudio Bier, presidente da entidade.
Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs, levará uma preocupação, referente às cooperativas de crédito que atuam no agro, e duas propostas: linha para novas plantas de agroindústrias e parceria para desenvolver projeto de construção de moradias populares.