Em meio às restrições da pandemia, foi preciso se reinventar na hora de organizar a programação da semana em que é comemorado o Dia Mundial do Ovo. A data, instituída pela Comissão Internacional do Ovo (IEC, na sigla em inglês) e pela Organização Mundial da Indústria e Produção de Ovos (W.E.O), é sempre na segunda sexta-feira do mês de outubro. Neste ano, portanto, no próximo dia 9. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), por meio do Programa Ovos RS, faz parte da entidade, presente em mais de 60 países do mundo, e realiza ações no período. Uma das inovações no calendário de 2020 é o Egg Music Festival, um festival de música online que tem a proteína como tema das canções.
Os artistas são estudantes de universidades previamente inscritos e selecionados. Diariamente, apresentam suas performances nas redes sociais, sendo submetidos ao veredito do público online (confira em ovosrs.com.br). A regra é produzir um hino ou canção alusiva ao Dia Mundial de Ovo. A última apresentação será na sexta-feira (9). No total, são cinco grupos de alunos da UFRGS, do Imed e da Universidade de Passo Fundo (UPF). Aquele que obtiver o maior número de likes será o vencedor. Para aguçar o apetite, o prêmio oferecido ao primeiro lugar inclui R$ 10 mil, 500 quilos de carne de frango e 500 dúzias de ovos.
— O pessoal está bem criativo. Temos uma apresentação por dia — conta José Eduardo dos Santos, presidente-executivo da Asgav, com a votação ficando aberta entre 8h e 23h.
Os vencedores devem ser anunciados na próxima semana. Também fazem parte da programação da semana ações de assistência social, programação especial no YouTube voltada a crianças e vídeo 3D com os eggs bonecos prestando homenagem aos profissionais da área da saúde e da alimentação.
O objetivo é incentivar o consumo da proteína. O Brasil teve em 2019 produção de 49 bilhões de unidades de ovos, sendo 99% destinada ao mercado interno. Quinto maior produtor nacional, o Rio Grande do Sul teve volume de 3,2 bilhões de unidades. O Estado tem consumo per capita de 257 unidades por habitante ao ano, acima da média brasileira, que é de 230 unidades.
Neste ano, o efeito imediato após a chegada do coronavírus, foi maior procura pela ovo, em substituição a outras proteínas mais valorizadas. Essa corrida também fez subir o preço. O cenário, no entanto, não se manteve desta forma. E agora, diz Santos, o consumo reduziu. No ano, a alta no produto, conforme o dirigente, soma 3% e, na comparação com setembro do ano passado, 22%, com a dúzia ficando em torno de R$ 3,50 a R$ 3,80.