Com investimentos que somam US$ 220 milhões, a Ihara, empresa paulista com alma japonesa, tenta desafiar a atual lógica de mercado e vencer a resistência, literalmente, nas lavouras brasileiras. A estratégia envolve o lançamento de uma nova família de herbicidas para o controle de plantas daninhas como a buva, na soja, e o azevém, no trigo. Os integrantes nasceram do desenvolvimento de nova molécula, com tecnologia que promete triunfos como longo residual, seletividade e controle efetivo do problema.
Além disso, busca inverter a lógica ao apostar em produtos que são de uso pré-emergente, hoje apenas cerca de 25% do total utilizado no Brasil, segundo o Dr. Pedro Christoffoleti, consultor e pesquisador. Dados apresentados apontam perdas médias de 15% na produtividade global em razão da matocompetição e de plantas daninhas resistentes, com perdas que podem chegar a R$ 9 bilhões só na cultura da soja.
Christoffoletti diz que o grande desafio são as plantas daninhas que se tornaram resistentes e que as tecnologias existentes não conseguem mais controlar:
– A palavra-chave é a diversificação de sistemas. A nova tecnologia não é à prova de resistência - isso depende do manejo -, mas tem como proposta ser “uma alternativa”.
– Temos grande preocupação de preservar moléculas existentes no mercado. Essa tecnologia pré propiciará a preservação daquelas que são pós-emergentes – afirma André Nannetti, gerente geral de marketing da Ihara.
Com centro de distribuição também no Estado, a marca tem fábrica e centro de pesquisa em Sorocaba (SP). Fundada por japoneses, tem sete empresas nipônicas no controle acionário.