A Sial Paris está sendo realizada aqui na França em meio a uma greve de petroleiros, que querem aumento salarial com o argumento de que o lucro das empresas disparou com a alta do petróleo. Com a paralisação em seis das sete refinarias do país há mais de 20 dias, há falta de combustíveis em mais de um terço dos postos, principalmente de diesel. O governo de Emmanuel Macron ameaça com intervenções, enquanto os sindicatos avisam que farão uma greve geral.
A feira não saiu ilesa. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, conta que os caminhões não conseguiram chegar com as mesas do estande da entidade no evento.
- Infelizmente, estamos vivenciando tempos difíceis aqui. Vemos as dificuldades, há uma recessão na Europa - comenta ele.
O executivo acrescenta, porém, que a venda de frango brasileiro à Europa aumentou 20%. A inflação recorde elevou o consumo de proteínas mais baratas. Além disso, a alta nos custos, especialmente da energia, foi menor no Brasil do que aqui na Europa, que enfrenta corte no abastecimento de gás pela retaliação russa ao apoio à Ucrânia. O produto que vem do Brasil está mais competitivo.
* A coluna viajou a Paris a convite da Fiergs.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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