Um megaempreendimento em um ponto mais do que tradicional de Porto Alegre é o que promete a parceria entre Zaffari e Melnick, duas das empresas que mais investem na cidade atualmente. Na frente da Praça da Encol, esquina das avenidas Nilópolis e Carazinho, o Cidade Nilo terá duas torres residenciais, lojas e, claro, um supermercado. Mas o grande diferencial é uma "praça suspensa", que ficará acima da estrutura comercial e na base dos apartamentos. Ela terá, por exemplo, quadras de esporte e piscina com raia coberta, com vista para a Encol.
A coluna conheceu o projeto em reunião nessa segunda-feira (18) com Claudio Zaffari, diretor do Grupo Zaffari; e com os executivos da Melnick: Juliano Melnick (CEO) Leandro Melnick (diretor do conselho administrativo), Marcelo Guedes (vice-presidente de Operações), Alberto Meneghetti (gerente geral) e o fundador Milton Melnick.
O terreno foi comprado pelo Zaffari em 2014. No local, já teve um Febernatti e um Nacional. Agora, a edificação será reconstruída para receber o novo projeto. Só na parte comercial, o investimento será de R$ 150 milhões. O diretor Claudio Zaffari explica que, além do supermercado e das lojas, haverá operações de saúde, educação e serviços públicos.
- Com o empreendimento, o grupo volta às origens, ao bairro onde nascemos como supermercado - comenta, acrescentando que unir comércio e residência em empreendimentos de alto padrão exige cuidados, como com ruídos e acessos de pessoas.
O terreno tem 10,25 mil metros quadrados, com 345 metros com a soma das "três frentes". O projeto é assinado pelo Gui Mattos.
- É irreplicável, não haverá outro empreendimento assim, em um lugar como esse - diz o CEO Juliano Melnick.
A mudança de comportamento do consumidor, com a valorização do lar, também influenciou o projeto. Os apartamentos serão maiores e terão gabinete, pensando no home office. Haverá espaço para receber encomendas do e-commcerce, incluindo área refrigerada.
- Tem também "a volta das sacadas" - destacou o diretor Leandro Melnick, sobre as amplas varandas abertas e lembrando da época em que esses espaços eram fechados nos empreendimentos.
Com os números nas mãos, o vice-presidente Marcelo Guedes conta que a área total construída será de 53,5 mil metros quadrados. Na obra, serão 1,1 mil empregos diretos e outros 4 mil indiretos. Na operação do supermercado e das lojas, serão 400 postos de trabalho.
- Estima-se que cada comprador gaste de 30% a 40% do valor do imóvel, depois, para mobiliar e decorar - observa Guedes, para enfatizar a movimentação que o projeto gera na economia.
O lançamento está previsto para setembro. A construção deve começar seis meses depois, levando três anos. A ideia, portanto, é inaugurar em 2026. É possível que a parte comercial fique pronta antes, mas isso é algo a se acompanhar ao longo dessa grande obra que será feita na Capital.
Coluna: Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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