Um alerta de distribuidoras de combustíveis agitou o mercado nos últimos dias. A Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) informou ao mercado estar preocupada com cortes de fornecimento pela Petrobras, tanto de diesel quanto de gasolina, para entrega em novembro. No documento, chegou a apontar risco de desabastecimento, palavra que gera forte preocupação sempre:
"As reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil."
Em resposta, a Petrobras disse que recebeu pedidos muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção para o mês de novembro. Mas disse que segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os "termos, prazos vigentes e sua capacidade". Informou estar maximizando produção e entregas, operando com uso elevado das refinarias.
"Apenas com muita antecedência, a Petrobras conseguiria se programar para atender essa demanda atípica. Na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina 10%, representando mais de 100% do mercado brasileiro."
Presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis do Rio Grande do Sul - Sulpetro, João Carlos Dal'Aqua acredita em um ajuste do mercado:
- O mercado necessita desta normalidade no fornecimento. Na realidade, todo o mercado mundial de combustíveis está passando por ajustes pós-pandemia, seja por preços elevados, seja por maior demanda de produtos pela retomada de atividades. Tudo deve se ajustar na sequência.
O aumento da procura acontece mesmo com os preços nas alturas. O litro da gasolina subiu mais 20 centavos nos últimos dias no Rio Grande do Sul. Segundo a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), passou para R$ 6,61.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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