Correção: Após a publicação da versão anterior deste texto, a Sulgás procurou a coluna afirmando que, sim, os reajustes comunicados agora englobam o aumento anunciado pela Petrobras para maio. Portanto, a distribuidora está antecipando em 15 dias o repasse da alta aos clientes. O texto da coluna foi alterado às 15h05min.
A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul – Sulgás começou a comunicar clientes sobre novos reajustes de preços do gás natural que valerão a partir de 15 de abril para o combustível residencial, industrial, comercial e veicular. São aumentos que variam de 8,56% até 23,41%. O Gás Natural Veicular (GNV) terá uma elevação fixa de R$ 0,3720/m³ sobre o valor praticado aos revendedores. Conforme o comunicado, houve autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA):
"(...) considera somente o repasse do aumento do custo de aquisição do gás, refletindo, em especial, a elevação na cotação do Brent, câmbio e IGP-M.", diz trecho do comunicado, citando o índice de inflação que reajuste o custo do transporte do gás.
Surpreendeu leitores o fato de o aumento vir antes de 1º de maio, quando entra em vigor o reajuste de 39% anunciado pela Petrobras no início desta semana. Questionada, a Sulgás disse que há uma defasagem desde fevereiro, quando o aumento anterior ocorreu, sem mais esclarecimentos sobre o motivo da antecipação do repasse em duas semanas.
Veja os reajustes anunciados para o dia 15:
Industrial: de 16,21% a 23,41%
Veicular: 0,3720 R$/m³
Comercial: de 10,98% a 15,12%
Residencial: de 8,56% a 11,96%
Preços do gás
Em dezembro último, o Senado aprovou o texto-base do projeto da Nova Lei do Gás desidratando o texto da Câmara. Com isso, a proposta precisa ser analisada novamente pelos deputados federais, atrasando a tramitação da medida no Congresso. O novo marco do gás é a aposta do governo para reduzir o preço do insumo, atrair investimentos, aumentar a competição e evitar monopólios. A queda de custo deve atingir os principais consumidores do gás natural - a indústria e o setor de energia termoelétrica. Mas a expectativa do governo é que essa redução seja repassada ao consumidor final.
Lembrando que, além do impacto direto para o consumidor em alguns casos, o preço do gás tem efeito em cascata na economia por atingir o custo do setor produtivo. Ou seja, pressiona a inflação.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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