O preço do diesel é para diminuir na bomba. Foi a grande reivindicação durante a greve dos caminhoneiros. Quanto vai cair é uma forte dúvida. Na refinaria, vai cair R$ 0,46, mas tem outras etapas até chegar no tanque.
O Governo Federal anunciou a criação de um grupo de fiscalização nos postos. Os Procons aguardam a publicação da portaria no Diário Oficial da União. Diretora do Procon Porto Alegre, Sophia Martini Vial espera que traga regras para a formação de preço. Com isso, os órgãos poderão organizar a fiscalização.
- Uma coisa é certa. Os Procons precisarão da ajuda do consumidor nesta fiscalização - diz a diretora.
O preço dos combustíveis é definido pela Petrobras apenas na refinaria. Não há tabelamento de gasolina nem diesel para distribuidoras e refinarias. Quando há aumentos fortes demais, os Procons costumam notificar os postos usando o argumento da abusividade do poder econômico, mas agora o Governo Federal tem falado em punições mais duras e efetivas. Cita perda de licença e multas superiores a R$ 9 milhões. A conferir.
Enquanto isso, distribuidoras de combustíveis convocaram reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para discutir a redução de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel nas bombas. O presidente da entidade que reúne BR Distribuidora, Shell e Ipiranga, Leonardo Gadotti, disse que não há como o desconto ser integral.
Ainda sobre combustíveis, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, tem reunião com o presidente Michel Temer nesta sexta-feira (01). Parente chegou a admitir mudança na fórmula para calcular os preços dos combustíveis. Especula-se que a frequência dos reajustes torne-se menor, já que os ajustes praticamente diários têm sido questionados. Criticados pela cadeia de combustíveis, mas apreciados pelos investidores.