Quando se pergunta para quem trabalha com Neco Argenta como está o empresário, ouve-se: "Ele não para. Segue abrindo e comprando postos." O diretor-presidente da Rede SIM entrou no Paraná em 2017 e está revisando o planejamento de 2018. Para cima, é claro.
De Flores da Cunha, a empresa deve atingir 145 postos de combustível neste ano. Tem 2,3 mil funcionários, atua com três distribuidoras e aposta nas lojas de conveniência com a marca própria SIM. O avanço da empresa é acelerado.
Ao mesmo tempo, o preço da gasolina está alto e provoca queda no consumo. A Petrobras mudou a política de preços para os combustíveis e, desde o ano passado, passou a fazer ajustes praticamente diários nas refinarias. O aumento foi bem maior do que o registrado nas bombas, conforme comparação com dados da Agência Nacional do Petróleo.
A rede SIM tem um investimento forte em treinamento de funcionários. Para isso, criou um ônibus-escola que fica circulando por todas as unidades. Foi chamado de Escola Corporativa e a cada dia está em um posto.
— A pessoa mais importante da nossa empresa não sou eu. É o frentista, que deveria ser chamado de vendedor de pista. São 2 mil frentistas na nossa empresa e são eles que falam com o nosso consumidor —enfatiza Argenta.
Coluna - Como estão lidando com as oscilações quase diárias de preços nas refinarias?
Neco Argenta - É complicado. Não estamos aqui para reclamar, mas o preço baixa um centavo hoje e sobe dois amanhã na refinaria. O mês sempre fecha com aumento e o que o consumidor vê é a bomba. A margem bruta caiu de 22% para 14% e depois tem que pagar aluguel, água, luz e mão de obra. O setor tem que se reiventar. Além do combustível, é preciso ter outras formas de renda.
Coluna - Como vocês escolhem para onde a rede SIM vai crescer?
Neco Argenta - Um pouco é pela demanda que percebemos. Temos os clientes que comentam e sugerem locais onde deveríamos estar. Hoje, temos 130 postos e vamos nos reunir para revisar o planejamento estatégico. Para escolher os lugares onde entraremos, também analisamos o potencial econômico das cidades, com dados como PIB municipal e número de automóveis.
Ouça entrevista completa com o empresário no programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha: