O futuro de Tetê, atacante revelado pelo Grêmio, deverá ser definido nos próximos dias. Com a guerra na Ucrânia, ele foi emprestado pelo Shakhtar Donetsk ao Lyon até o dia 30 de junho. A coluna apurou que existe uma cláusula no contrato, em que só há obrigatoriedade de compra em caso de classificação do clube francês para uma das competições europeias (Liga dos Campeões, Liga Europa) na temporada 2022-2013.
É aí tem uma questão importante. Tetê entrou muito bem na equipe na reta final da temporada 2021-20122, mas o time parou nas quartas de finais da Liga Europa, sendo eliminado pelo West Ham, e ficou em oitavo lugar no campeonato francês, sem vaga nas competições europeias. Justamente por isso, não existe obrigatoriedade de compra.
Mas o Lyon quer ficar com Tetê. E Tetê deseja continuar no Lyon. O problema é que, sem a vaga nas principais competições do continente, a receita caiu, e o clube não está disposto a pagar 25 milhões de euros, (R$ 136 milhões), que é o valor que o Shakhtar pede pelo atacante.
O empresário John Textor, dono do Botafogo, está comprando o Lyon, mas este investimento não deverá ser feito nesta janela. O motivo é que Tetê deverá usar a regra da Fifa que permite a suspensão do contrato na Ucrânia até junho de 2023, por causa da guerra.
Desta maneira, existe a possibilidade de um novo acerto com o Lyon sem a necessidade da compra. O Shakhtar ainda tenta uma negociação com outro clube. West Ham e Newcastle manifestaram interesse, mas a tendência é de permanência na França.
O Grêmio fica de olho nesta situação, pois em direito a 15% do lucro de uma eventual venda. Se uma nova negociação for fechada em 25 milhões de euros, o clube gaúcho fica com 1,5 milhão de euros (R$ 8,1 milhões). Por enquanto, este dinheiro está escapando.