O caso Ronaldinho ganhou um novo capítulo no Paraguai, após a manifestação do advogado da empresária Dalia López, que segue foragida. Marcos Estigarribia, que representa Dalia, conversou com jornalistas da Rádio ABC 730 e disse que sua cliente recebeu ameaças de morte. E foi além ao dizer que "existe um preço pela cabeça" de Dalia e citou "envolvimento de forças políticas".
Esta denúncia é extremamente importante porque a apresentação de Dalia López é fundamental para o esclarecimento da situação de Ronaldinho e Assis, que estão desde março presos no Paraguai após a entrada no país com documentação falsa.
Os irmãos Assis Moreira viajaram para Assunção atendendo convite de Dalia para a participação em eventos no país. O Ministério Público investiga se existe a ligação de Ronaldinho e Assis em um suposto esquema de lavagem de dinheiro que seria comandado pela empresária.
O advogado dela também alega que Dalia não teve qualquer participação na entrega da documentação falsa. O fato é que para os irmãos não é bom que ela continue foragida. Se não existe ligação, o ideal é que isto ficasse claro, com Dalia à disposição das autoridades.
Para se ter uma ideia de como esta situação se arrasta, no início de março estive no Paraguai fazendo a cobertura deste caso. No dia 9 fui até o escritório de Estigarribia, em uma ampla casa em bairro nobre de Assunção, e participei de uma entrevista coletiva onde ele garantiu que ela se apresentaria. Até agora, nada.
Ronaldinho e Assis já estão há 146 dias detidos em Assunção. Neste momento, estão em prisão domiciliar no Hotel Palmaroga. Todos os recursos pedindo a liberação foram negados. A período de prisão preventiva termina no início de setembro.