A Conmebol ainda não divulgou o resultado do julgamento dos jogadores expulsos do Gre-Nal da Libertadores de 12 de março, na Arena. O problema maior não é a demora, até porque a competição está paralisada, mas a falta de uma informação mais concreta sobre o que realmente está ocorrendo.
A última atualização das punições do Tribunal de Disciplina foi no dia 19 de março. De lá para cá, nada. O curioso é que um fato grave foi "esquecido" pela Conmebol. No primeiro jogo da fase classificatória, a chamada pré-Libertadores, o Inter enfrentou a Universidad de Chile no dia 4 de fevereiro, em Santiago. A partida foi marcada por uma série de protestos dos chilenos. O mais grave ocorreu no final do jogo, com confrontos entre torcedores e policiais, tentativa de invasão do campo, arremesso de cadeiras e fogo na arquibancada, provocando a paralisação do confronto.
Diante da gravidade do que ocorreu, esperava-se uma atitude forte da Conmebol. Para a surpresa de todos, nada foi feito. Nenhuma punição. Este foi o grande erro da Libertadores deste ano.
Em outros casos, a entidade não economizou nas punições, especialmente com multas. Por exemplo, na Libertadores de 2019, o Cerro Porteño levou multa de US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão) e uma partida com portões fechados, por causa do uso de fogos de artifício da sua torcida na partida contra o River Plate. Já o fogo da torcida da Universidad de Chile não teve qualquer punição.
Neste ano, o Inter teve de pagar R$ 40 mil pelo atraso em campo dos jogadores na partida contra o Tolima. Em anos anteriores, o Grêmio também recebeu multas pesadas. Mas, em outros casos, como a irregularidade cometida por Marcelo Gallardo, técnico do River Plate, na Libertadores de 2018, a punição foi leve.
Esta é uma diferença de tratamento da Conmebol. É difícil saber o que pode acontecer. Enquanto isso, seguimos esperando alguma informação sobre o Gre-Nal.