Antes das semifinais da Libertadores, o Tribunal de Disciplina deixou bem claro como a Conmebol não está para brincadeira. O Cerro Porteño receberá uma das maiores multas da história do futebol sul-americano. Antes do jogo contra o River Plate, no dia 29 de agosto, no Estádio Nueva Olla, pelas quartas de final da Libertadores, a torcida paraguaia deu um show pirotécnico para a entrada em campo do seu time, com o uso de sinalizadores, bombas de fumaça, faíscas luminosas e uso de guarda-chuvas e sombrinhas. Foi um espetáculo lindo, mas é tudo absolutamente proibido. Por uma simples razão, que é a segurança.
Além disso, uma garrafa foi arremessada em um jogador do River Plate durante a partida. Diante de tudo isso, a Conmebol decidiu agir, entrar em campo e aplicar uma sanção exemplar ao Cerro Porteño. No seu próximo jogo, em qualquer competição organizada pela Conmebol, o Cerro terá que jogar com portões fechados, sem torcida. E, além disso, receberá uma multa de US$ 200 mil (cerca de R$ 815 mil).
Para efeito de comparação, o Grêmio, quando foi punido por enviar um dossiê aos patrocinadores da Libertadores com erros de arbitragem antes da final de 2017, fato considerado grave, levou uma multa de US$ 112 mil.
A maior punição foi dada ao River Plate, após os incidentes antes da final contra o Boca Juniors, no Monumental de Núñez. Depois que seus torcedores apedrejaram o ônibus do Boca, o River levou multa de US$ 400 mil e jogou duas partidas com portões fechados.
A organização das partidas da Libertadores virou uma obsessão para a Conmebol. A entidade sonha com jogos com um padrão internacional de conduta de times, torcidas e imprensa. O objetivo é colocar a competição em outro patamar e, para que isso aconteça, está sendo rigorosa na aplicação do seu regulamento.
Desta maneira, o recado está dado: a Conmebol quer mudar a história da Libertadores e banir as práticas antigas da competição. Antes de Grêmio x Flamengo e River Plate x Boca Juniors, é preciso ter toda a atenção com estes detalhes.