A CBF definiu no começo da tarde desta terça-feira (9) a escala de arbitragem para os jogos da 29ª rodada do Brasileirão. Imediatamente após a divulgação do sorteio no site da entidade, ingressei no estúdio principal da Rádio Gaúcha para compartilhar a informação com os ouvintes e com os integrantes do Sala de Redação. Quando disse que o mineiro Ricardo Marques Ribeiro apitaria a partida do Grêmio contra o Palmeiras, o gremista Duda Garbi balançou a cabeça, fez careta e suspirou. Foi uma clara reação de contrariedade pela escolha.
Essa manifestação do Duda não é algo isolado. Reflete o sentimento de desaprovação de boa parte dos gremistas e até de torcedores de outros clubes. Mesmo não concordando por considerar que o juiz da Fifa está entre os mais experientes e melhores do Brasil, entendo que exista um motivo simples para explicar o porquê dessa "bronca" com o árbitro.
Há uma característica muito peculiar no estilo de arbitragem de Ricardo. Mesmo que não faça isso de forma proposital para aparecer, o juiz tem comportamento muito detalhista e se manifesta com gestos muito marcantes dentro de campo. Isso não diz respeito a erros ou acertos. É basicamente uma maneira de conduzir os jogos que acaba chamando a atenção e faz com que ele jamais passe despercebido por não ter uma postura discreta. Se somarmos esse jeito chamativo ao retrospecto ruim do Grêmio com o Ricardo Marques Ribeiro no apito, a explicação estará completa.
Para não dizer que não falei sobre o retrospecto desfavorável do Tricolor com o juiz, vou repetir o que já escrevi e falei em oportunidades anteriores. Essa análise deve ser técnica e não acredito que seja possível simplificar a proximidade de um resultado positivo ou negativo porque o árbitro escolhido foi este ou aquele. O que importa é verificar se o desempenho da arbitragem foi bom. O resto é que nem horóscopo. Não significa nada concreto.