Aos 35 anos, hoje Edilson é mais líder do que jogador. O Grêmio tem dinheiro para trazer um lateral mais jovem e melhor do que Orejuela. O que nem seria algo complexo, vamos combinar, pelo fracasso do colombiano. Roger Machado prefere até o zagueiro Rodrigues improvisado, numa espécie de pedido de socorro aos dirigentes.
Em Edilson, o Grêmio busca um exemplo de inconformismo para os jovens. Busca fome. Mira o chamado "sangue nos olhos", com experiência nas agruras da Segundona. Ele subiu com o ioiô Avaí em quarto lugar, suando e sofrendo.
O fracasso no Gre-Nal, quando o apático Orejuela foi atropelado por Moisés, fez o Grêmio correr atrás de um veterano que não leva desaforo para casa. Talvez Edilson fique muitos jogos fora por cartão amarelo e problemas musculares.
Em julho, no meio da Série B, completará 36. Mas estará sempre ali, não deixando a peteca cair. Aliás, Edilson pode ser o "psicólogo" referido por Romildo Bolzan. Um "psicólogo raiz", só encontrável no peculiar ambiente do futebol, para elevar a autoestima do Grêmio, abalada desde o rebaixamento.