André Catimba, que morreu nesta quarta-feira de causa não revelada aos 74 anos, formou o melhor ataque da história do Grêmio, em 1977: Tarciso, André e Éder.
E Renato?
Bem, Renato não entra nesses exercícios. É hours-concours.
O apelido vinha do estilo provocador. Negro de olhos verdes, era um homem bonito. Gostava da noite. Hélio Dourado, para não ter de buscá-lo nos bares, convidava-o para tomar doses controladas de uísque na sala da presidência. Melhor beber em casa, dizia o presidente que, vale lembrar, valeu-se da fama de André para concluir o Estádio Olímpico, seja como garoto-propaganda para campanhas de doação de cimento e materiais de construção ou em amistosos que, com ele, eram mais caros.
A foto da cambalhota errada ao festejar o gol no Gre-Nal que impediu o nono título seguido do Inter, há quase 44 anos, sempre esteve em um quadro na sala de casa, na verdade apartamento.
Quando o entrevistei em Salvador, em 1997, a imagem estava lá. Em 2017, ao conversar com ele por telefone pela efeméride dos 40 anos daquele Gauchão, ele me confirmou que a foto seguia lá. Ele disse:
— Falando contigo e olhando a foto dá uma saudade...
Foi o Grêmio de André Catimba que abriu as portas para os anos dourados da década de 1980, da primeira Libertadores e do Mundial, em 1983, sem esquecer do primeiro Brasileirão, em 1981. Sem os traumas das derrotas em série, o caminho das maiores glórias restou aberto.