Um dos grandes nomes da história do Grêmio, o ex-atacante André Catimba morreu na manhã desta quarta-feira (28), aos 74 anos. Ídolo tricolor na década de 1970, ele foi herói do título gaúcho de 1977, com gol na decisão que encerrou seca de oito anos sem título Estadual.
Carlos André Avelino de Lima, que carregava o apelido de "catimba" por conta do estilo irreverente e provocador, era natural de Salvador e morava lá desde que abandonou os gramados e virou taxista na capital baiana. A causa da morte não foi revelada.
Além do Grêmio, onde jogou de 1977 até 1979, o ex-atacante teve destaque com as camisas do Vitória e do Guarani. Também jogou com Diego Maradona no início da carreira do ídolo argentino no Argentino Juniors.
— Foi em 1980, eu tinha 34 anos. Fui convidado para ir jogar lá. Maradona ainda não tinha esse nome todo. Foi o maior prazer, uma grande satisfação. Ele tinha 19 anos. Já mostrava que tinha qualidade, condições de jogar. Dentro de campo sabia o que fazer com a bola — contou Catimba em entrevista no ano passado ao portal ge.globo.
Pelo Tricolor, Catimba foi imortalizado na calçada da fama do clube, em 1996. Ficou marcado, também, pela cambalhota que deu errado na comemoração do gol do título de 1977. A foto do momento do salto, em que ficou de barriga para baixo, está emoldurada na sala da casa onde morava, em Salvador.
— Na hora foi horrível, pela dor. Mas agora, olhando assim, dá um saudade — disse em entrevista ao jornalista Diogo Olivier, colunista de GZH, em 2017.
Naquele time, formou um dos maiores trios de ataque da história gremista, ao lado de Éder e Tarciso. Formará dupla, agora, com o Flecha Negra no céu. Será mais uma estrela brilhando no céu e torcendo pelo Grêmio. Pelo clube, fez um total de 133 jogos, com 65 gols marcados.