Favorito não há. Mesmo que o Grêmio venha de uma derrota medonha no Cristo Rei, com substituições erradas durante o 2 a 1 para o Aimoré, e ainda sofra com desfalques graves, muitas vezes Renato Portaluppi ofereceu resposta imediata em alto nível.
Foi assim na primeira fase da Libertadores do ano passado e depois do 5 a 0 contra o Flamengo, retomando o controle emocional e técnico no Brasileirão. Sem isso, aliás, não pegaria G-4, livrando-se dos apertos de uma fase preliminar.
O Inter, por sua vez, está em formação. A rigor, ainda não foi testado por um adversário forte. Antes do Aimoré, o Grêmio parecia ter engrenado. A classificação do Inter no primeiro mata-mata classificatório de Libertadores alterou o cenário.
É um fato: vitória categórica, 40 mil pessoas no Beira-Rio, transmissão para o continente. Por isso, e também pelo fator local, relevante na longa de estrada de 422 clássicos, creio que o Inter leva quase imperceptível vantagem, na linha suave do "quem chega melhor". Favoritismo? Não consigo avistar uma nesga sequer dele, por mais que eu mire longe, até a imensidão do horizonte.