Gostei do gesto de Maicon ao dar a sua versão dos fatos do Gre-Nal de peito aberto, dando nome aos bois acerca do tal pedido de jogadores do Inter para seus companheiros de Grêmio (sim, colorados e gremistas são colegas de profissão) maneirarem nas críticas em redes sociais, lá atrás. Melhor assim do que aquelas entrevistas de plástico, de quem não quer se expor. Ele tinha mesmo de falar, como capitão. Foi citado em súmula mesmo sem estar relacionado. Discordo do tom e dos argumentos. Virou bate-boca de escola. Se não havia acordo, uma vez que o Grêmio recusou, qual é a problema de provocar?
Maicon tratou a valsa de Sasha como deboche. Concordo com o capitão gremista. Foi mesmo. Achei inadequado o gesto de Sasha, à epoca, quando muitos falaram em brincadeira. Até adverti: se os colorados de fato entendem que a valsa foi brincadeira saudável, terão de ser coerentes quando o troco vier.
Fosse assim, viveríamos no melhor dos mundos. Mas não é assim. Por isso defendo comedimento nas zoações. Quem soa a corneta diz que o futebol está chato, mas quem recebe fala em ofensa. É SEMPRE assim, seja qual for a camiseta.
Se Maicon trata a valsa como deboche, não pode considerar o minuto de silêncio inocente. E vice-versa. Do contrário, é rastilho de pólvora aceso. Só esperar a explosão. É hora de dar um basta nessa lenga-lenga. O Grêmio tem Libertadores pela frente. O Inter, Brasileirão.
Não creio em acordo de paz dos capitães, até porque vai ser difícil após a resposta de Maicon a Dourado. Quem tem de entrar em campo são os presidentes.
O fio não virou. Ele revirou.