David Coimbra
Não sou homem de salpicões, preciso deixar isso bem claro. Mas ontem havia aquele salpicão de salmão no refeitório da firma, e vacilei. Tinha aparência apetitosa, o salpicão. Era rosado e cremoso e pontilhado de batatas-palha, essa sutil invenção brasileira. Servi-me, pois. Porém, moderadamente. Uma única colher. E fim. Fui em frente com minha bandeja, logo adiante um aipim cozido se oferecia sem pudores e fiz dele o meu prato de resistência. No entanto, enquanto avançava até o setor das carnes, cogitei: será que não deveria ter me servido mais daquele salpicão de salmão?
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