O futebol, por vezes, pede muito mais do que um time organizado e de bons jogadores. Quando as dificuldades se colocam, e elas são gigantes por aqui, o esporte que tanto amamos pede por coração e vontade, e essa foi a lição do Grêmio na noite chuvosa de terça-feira (4) no Chile.
O Tricolor subverteu, mais uma vez, a frieza dos céticos, sedentos por planilhas bem escritas e que consideram que é preciso ter sangue quente para vencer. A imagem de Renato Portaluppi, histórico ídolo do torcedor e milionário treinador, encharcado à beira do campo, somada aos uniformes embarrados de Walter Kannemann e Diego Costa, fizeram da noite gremista uma epopeia.
E não me refiro à dificuldade do adversário ou a classificação do Grêmio a próxima fase da Libertadores. A noite da vitória sobre o Huachipato está na história do Grêmio exatamente pela força da entrega, da dedicação, da mística.
Agora, o Grêmio joga para ser líder do seu grupo na competição e voltar a Montevidéu para reencontrar um dos seus mais emblemáticos rivais. O Peñarol estará no caminho em caso de vitória sobre o Estudiantes no jogo do próximo sábado (8), em Curitiba.
O estádio Couto Pereira, na capital paranaense, estará lotado para celebrar a alma copeira de um clube que tem orgulho de lutar, e que, mais uma vez, deixou a sua marca em uma Copa Libertadores.