O preparador físico Rogério Dias foi anunciado, na noite de quinta-feira (19), como novo integrante da comissão técnica do Grêmio para a próxima temporada. Rogerinho retorna ao clube e retoma um trabalho que foi interrompido em 2020 sem muito sentido. Soube-se depois, pelas palavras do ex-presidente Romildo Bolzan, que a saída de muitos profissionais naquele momento deu-se por uma exigência do técnico Renato Portaluppi.
E está exatamente aí a discussão. Os movimentos do clube, claramente, caminham em direção contrária ao que pensava o antigo treinador e grande comandante por mais de uma década do clube.
O Grêmio parece lutar para apagar qualquer marca do trabalho de Renato. A mudança do perfil do grupo e dos processos internos do vestiário são apenas alguns dos exemplos que estamos vendo neste sentido. A volta de Rogerinho é outro movimento que segue esta linha. O Tricolor, antes disso, havia demitido profissionais da preparação física que por anos estavam no clube, mas que, nestes últimos períodos, estavam muito ligados ao ex-treinador.
Basta analisar um pouco que sentimos esta mudança. O Grêmio parece querer trocar todos os espaços que tinham a assinatura do treinador. Sabemos que figuras importantes como Renato deixam marcas em qualquer ambiente, e esta não é uma situação simples de resolver. A luta do Tricolor está apenas começando.
A diretoria do clube adotou um caminho e merece um voto de confiança. Era preciso trocar o rumo e coube aos atuais dirigentes a dura tarefa de fazer isso. Apagar as marcas de Renato pode soar como algo ruim para o torcedor, mas, na verdade, é a necessária maneira de fazer o clube reassumir os seus próprios rumos sem depender da idolatria para seguir a vida. Tenho certeza de que será muito difícil, mas acredito piamente que essa medida é o melhor caminho que o Grêmio poderia adotar.
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