O clima não está bom. O torcedor, de um modo geral, mostra incomodação com o rendimento do time e, principalmente, com os dirigentes do Grêmio. O fim de semana, no entanto, tem um compromisso importante dentro do campo, pelas quartas de final do Gauchão, e esse contexto merece toda atenção do clube. E parece que isso foi muito bem entendido internamente.
O Grêmio adotou a postura do silêncio como princípio do seu trabalho. A semana foi toda de trabalhos fechados e de um cuidado mais forte com os vazamentos das informações. Algumas dificuldades surgiram. A lesão de Reinaldo, por exemplo, obrigou o técnico Renato Portaluppi a testar novas opções. Por outro lado, volantes foram utilizados como zagueiros em alguns trabalhos, indicando a possibilidade de improvisações.
O jogo contra o Brasil de Pelotas não pode ser encarado como um compromisso qualquer. A força de um ambiente joga muito nessa hora, e o Grêmio fez bem em blindar o grupo de jogadores. O principal trabalho de Renato é manter o foco nos treinos e conseguir fazer o próprio time evoluir.
Por isso, esse confronto precisa ser encarado como de alto risco. Isso passa pelos bastidores do vestiário e tem de chegar às arquibancadas. O Grêmio sabe que é uma decisão e não um rito de passagem. A derrota afundaria o quadro do clube, e isso não pode acontecer. A torcida também precisa entender os riscos que o domingo (10) nos apresenta.