Felipe Carballo não tem prazo para voltar a jogar. Contratado no fim de 2022 para ser um dos pilares da reconstrução do time após a Série B, o volante do Grêmio será desfalque por tempo indeterminado. Prejudicado por dores na região do púbis ao longo de boa parte da última temporada, o camisa 8 ainda sofre com dores causadas por uma pubalgia. Na expectativa de retornar aos gramados, o uruguaio realiza trabalhos diários de fortalecimento muscular e fisioterapia.
A origem da situação aconteceu em uma das idas do jogador para seu país para defender a seleção uruguaia. Uma avaliação com um médico de sua confiança identificou uma lesão conhecida no meio desportivo como “hérnia do esporte”. Na época, o volante já realizava tratamento para dores na região do púbis. As avaliações do departamento médico gremista indicavam que os sintomas se deviam a uma pubalgia, para o qual a indicação de tratamento era fisioterapia e reforço muscular.
Após o Brasileirão, Carballo foi novamente avaliado pelos profissionais do clube e por uma junta médica. Em nota publicada no dia 21 de dezembro, o Tricolor informou que esse grupo era composto “pelos médicos do clube, o superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento Luiz Antônio Nasi, o cirurgião geral Leandro Totti Cavazzola e o ortopedista Carlos Roberto Galia”. Oficialmente, a parceria com a instituição seria anunciada apenas no dia 28 de dezembro. Um evento na Arena, em 4 de janeiro, marcou o primeiro evento público da parceria.
Mesmo com a identificação da “hérnia do esporte” em avaliação clínica, mas com a avaliação no clube de que a origem das dores era causada por uma pubalgia, o atleta decidiu realizar o procedimento em Montevidéu para tentar se livrar do problema. A direção gremista enviou o médico Paulo Rabaldo para acompanhar.
— Nem deveria ter jogado essas últimas partidas, mas quis porque eram jogos importantes no Brasileirão. Tivemos o clássico e também queria ir para a seleção, mas chegamos a um ponto no qual não podia. Joguei a última partida (Gre-Nal pelo Brasileirão) totalmente medicado e tinha dores que me impossibilitavam de correr. Então, chegou a decisão de parar, afrouxar um pouco, porque o corpo necessitava — declarou Carballo em entrevista concedida à Rádio Carve, do Uruguai, em outubro do ano passado.
A cirurgia para a correção da hérnia foi realizada. Segundo o clube, o procedimento foi bem sucedido, mas Carballo seguiu relatando dor ao realizar atividades físicas ao retornar aos treinos. Originalmente, e após a cirurgia, a previsão era de um afastamento dos treinamentos por cerca de seis semanas. O que resultaria em um retorno aos trabalhos na primeira quinzena de fevereiro.
Porém, como o atleta relatou dores quando começou a realizar atividades físicas de maior intensidade no gramado, decidiu-se por interromper o cronograma de treinamentos e dar um passo atrás na rotina. Como o volante ficou o período pós-cirúrgico em repouso, perdeu massa muscular na região dos adutores, algo que dificulta a evolução do quadro de pubalgia.
Mesmo sem uma previsão de reintegração do jogador às atividades com o grupo, e após nova avaliação das áreas responsáveis, foi definido que não será necessária a realização de um novo procedimento cirúrgico. Fontes do Grêmio consultadas por ZH apontam que a evolução do quadro acontecerá com o fortalecimento da musculatura.