O Grêmio anunciou, na noite de domingo (31), em nota oficial, que não irá renovar o contrato do meia Luan para a próxima temporada. O jogador, com isso, encerra o seu ciclo no clube e esse fato merece muitas reflexões.
Ninguém discute o tamanho de Luan na história no Grêmio. Craque da Libertadores de 2017 e um dos protagonistas da Copa do Brasil de 2016, o meia tem um espaço importante no coração de todo torcedor gremista. Depois destes anos dourados, no entanto, Luan desistiu da sua carreira. O seu rendimento foi diminuindo progressivamente e ele foi tentar se recuperar no Corinthians. Na capital paulista, seu rendimento piorou ainda mais e ele passou a ser um atleta dispensável.
Vendo essa situação, o Grêmio, em uma ação humana, tentou recuperar Luan. O clube trouxe o ídolo para um período de seis meses, com um salário quase simbólico diante dos valores que Luan sempre recebeu. Neste período, o meia atuou pouco e não conseguiu, segundo a avaliação do clube, recuperar um futebol minimamente competitivo. O desfecho foi óbvio. Uma breve nota do clube confirmando que o período de recuperação não será renovado.
Podemos tirar uma série de conclusões referentes a esse fato. Um atleta de futebol não tem mais espaço para festas que comprometam a sua parte física. Não existe mais tempo para uma recuperação total. Outra situação importante fala da nossa relação com os ídolos. Por mais lembranças positivas que jogadores do passado possam trazer, o que vale é o prático. Um pensamento mágico não vence a realidade. Luan representa muito, mas não conseguiu vencer o tempo e um passado recente. Este fato precisa ensinar. Eu preciso aprender.