A linda festa de despedida de Suárez da Arena muito lembrou o dia da apresentação do jogador no início deste ano. Uma multidão de torcedores agradecidos aplaudiu de pé os feitos do ídolo uruguaio. O Grêmio, depois de um ano, no entanto, sentiu falta do quadro formado naquele promissor início de gestão.
Um dos protagonistas da contratação de Suárez não estava entre os convidados para a festa de despedida, e o torcedor sentiu falta dele. Paulo Caleffi, o vice-presidente de futebol responsável pela chegada do uruguaio, não esteve no evento. E é aí que entra a política.
Antes do jogo, em entrevista para a Rádio Gaúcha, o agora vice de futebol Antônio Brum, ao ser perguntado sobre o início do sonho Suárez, disse que esse assunto surgiu de uma conversa sua com o presidente Alberto Guerra, abstraindo a participação de Caleffi na construção desta linda história.
De qualquer maneira, pela grandeza do fato, jamais se imaginou que Paulo Caleffi não participaria de um evento que ajudou, e muito, a acontecer. A política do Grêmio cria, historicamente, grandes injustiças, e no domingo (3) o clube viveu mais uma. Por mais polêmico que possa ter sido, o ex-dirigente merecia estar à frente do evento.
Teria sido um lance de grandeza da gestão do Grêmio. Todos são gremistas e o trabalho pelo clube sempre deve estar acima das questões pessoais. A ausência do ex-dirigente nos lembrou que a política do clube segue reinando em todos os processos, e isso precisa terminar. O Grêmio sempre deve estar à frente de tudo e todos.