A notícia de uma possível ida do jovem Zinho para o Portimonense, por empréstimo com opção de compra, poderia ser tratada como uma oportunidade para o jogador e também para o Grêmio. Contudo, a curiosidade está no fato de não ser uma ação individual, e sim uma debandada quase coletiva para um mercado menor da Europa.
Muitos jovens oriundos das categorias de base do clube adotam a mesma postura e encaram um mercado secundário de Portugal. Nos últimos anos, jogadores como Lincoln, Rildo, Patrick, Victor Bobsin, Thomas Luciano, Kauan Kelvin, Lucas Kawan e outros que nem sequer lembro tiveram o mesmo destino, sendo que apenas alguns deles geraram algum tipo de ressarcimento, mesmo baixo, para o Grêmio.
Talvez seja a hora de o Tricolor determinar parcerias oficiais com clubes em países diferentes para tentar algum tipo de retorno utilizando processos definidos. Jovens oriundos da nossa base e que ficaram por aqui por muitos anos estão ganhando o mercado sem critério. E não me refiro às oportunidades (poucas) que recebem no ambiente do próprio Grêmio, porque sabemos que nem todos irão jogar no time principal.
O fato é que estas idas dos atletas da base do Grêmio para Portugal se dão muito mais pelo relacionamento dos seus empresários do que por uma ação organizada do clube, mesmo que, até aqui, todo o investimento tenha sido feito pela estrutura do Tricolor.
Está mais do que na hora de entendermos esse mercado e mudarmos essa lógica. Em pouco tempo, veremos esses jogadores estourando fora daqui e não vai adiantar nada falar sobre isso.