Por volta das 10h30min de sexta-feira (13), surgiu a informação, publicada em alguns veículos de imprensa, mas, até aquele momento, não confirmada pelo Palácio do Planalto, de que o presidente Jair Bolsonaro estaria com coronavírus. Um dia antes, o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, fora diagnosticado com a doença após viajar para os Estados Unidos com a comitiva de Bolsonaro, a bordo do avião presidencial. Uma possível infecção, portanto, fazia sentido.
Diante da notícia de alto impacto, o comando da Redação Integrada decidiu não publicar nada até que o Planalto se manifestasse oficialmente sobre o assunto. Às 12h41min, o próprio presidente divulgou, pelas redes sociais, que o teste ao qual se submetera havia dado negativo para o coronavírus. Bolsonaro deverá fazer um novo exame.
Conto essa história porque, de certa forma, ela ilustra a forma como tratamos a pandemia.
– Queremos dar a real dimensão dos fatos, mas com responsabilidade, sem criar pânico. Nosso objetivo é sermos úteis – detalha Patrícia Rocha, editora de Cultura e Comportamento.
Não nos importamos em publicar algo com atraso, porque o nosso compromisso é com a informação precisa, obtida em fontes confiáveis. Se pudermos apurar, checar e publicar antes que os demais veículos, ótimo. Caso contrário, não veiculamos algo que ali adiante poderá ser desmentido.
Como observa Patrícia, o foco central da cobertura do surto que se iniciou na China, em dezembro, e, em menos de três meses, virou pandemia, tem sido o esclarecimento da população. Sem alarde desnecessário fomos, aos poucos, ampliando o número de pessoas envolvidas e a quantidade de páginas sobre o assunto. À medida que o epicentro da doença se deslocava da Ásia para a Europa e se aproximava da nossa realidade, mais energia dedicamos ao tema.
Desde o começo de março, quando o Brasil registrou o primeiro caso, criamos uma força-tarefa com 15 repórteres e 10 editores de diferentes áreas, sob a responsabilidade de Patrícia.
– Temos feito esforços diários para responder a dúvidas que os leitores nos enviam pelo WhatsApp. Pedimos para que médicos desçam ao detalhe. São perguntas que não serão respondidas pelo Google – diz a editora Rosângela Monteiro, referindo-se a “Tudo o que você quer saber sobre coronavírus: GaúchaZH responde a dúvidas dos leitores”, publicado no site às 11h53min de quinta-feira e atualizado periodicamente.
Mesmo que o ápice da crise, conforme as autoridades, esteja previsto para o inverno, estamos em mobilização permanente na Redação Integrada. Até agora, publicamos 224 páginas em ZH e quase mil matérias em GaúchaZH sobre a epidemia.
Na edição deste fim de semana de ZH, chamo atenção para a reportagem de capa. O repórter Marcel Hartmann revela que autoridades e comunidade científica consideram o SUS o principal trunfo do Brasil no combate ao coronavírus e mostra como o Estado se prepara para enfrentar o pico da doença. No caderno Vida, um guia especial com perguntas e respostas. O mesmo caderno, no ambiente digital, tem duas páginas adicionais exclusivas para assinantes, com mais conteúdos e dicas de prevenção em viagens. Informações precisas e úteis sempre são importantes, mas se tornam essenciais em momentos de crise.
Quer saber mais sobre o coronavírus? Clique aqui e acompanhe todas as notícias, esclareça dúvidas e confira como se proteger da doença. Para receber boletins por e-mail sobre o assunto — com duas edições diárias —, acesse www.gauchazh.com.br/boletimcoronavirus