O presidente da República, Jair Bolsonaro, 64 anos, não está infectado pelo coronavírus. O anúncio de que o resultado do exame deu negativo foi feito em redes sociais do próprio presidente.
A suspeita de que o ocupante do principal cargo do país pudesse ter sido infectado surgiu na quinta-feira (12), quando se soube que o chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, testou positivo para o vírus. A partir dali, Bolsonaro coletou amostras para análise laboratorial e passou a ser monitorado pela equipe médica da Presidência da República.
Nesta quinta-feira, Bolsonaro cancelou uma viagem que estava marcada para Mossoró (RN) devido à avaliação de que deveria evitar exposição a aglomerações. À noite, em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, ele e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , apareceram com máscaras cobrindo o nariz e a boca.
Na transmissão, o presidente fez alusão ao risco a que havia sido submetido, depois de viajar com Wajngarten aos Estados Unidos, no fim de semana, para um encontro com Donald Trump e outras autoridades locais.
— Eu estou usando máscara porque, nessa viagem aos EUA, uma das pessoas que veio comigo no voo, quando desceu em São Paulo, foi fazer os exames habituais e deu positivo coronavírus. Todo mundo que estava no voo, hoje, coletou material.
Fotos e vídeos comprovam que, além de ter mantido contato com Bolsonaro, o chefe da Secom também teve proximidade com o presidente norte-americano. Donald Trump afirmou que não estava preocupado e que não se submeteria a exames para verificar a presença do vírus.
Na terça-feira, ainda na Flórida, o presidente brasileiro havia minimizado o risco do coronavírus.
— Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo — declarou.
No dia seguinte, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a situação do coronavírus como "pandemia".
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins: