Os moradores de Porto Alegre podem ter participação ativa na paisagem verde da cidade. É possível plantar árvores em casas e calçadas, ou ainda solicitar que a prefeitura plante, desde que em conformidade com o Plano Diretor de Arborização Urbana.
O conjunto de regras estabelece, por exemplo, quais espécies podem ocupar as vias públicas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) prioriza árvores nativas do Rio Grande do Sul e autóctones de Porto Alegre, ou seja, aquelas com distribuição natural na área do município.
Entre as vantagens de usar essas espécies, muitas delas raras e até ameaçadas de extinção, está o fornecimento de alimento para a fauna local e o aumento da biodiversidade do ambiente. Além disso, por serem mais bem-adaptadas ao solo e clima, as árvores são mais resilientes e menos afetadas por pragas.
— Por conta desses benefícios, estas espécies são mais utilizadas na arborização urbana — explica Verônica Riffel, coordenadora de Arborização Urbana da Smamus — O Plano Diretor de Arborização Urbana da capital prevê o uso de 70% de espécies nativas regionais em projetos de arborização de ruas, avenidas e terrenos privados, buscando a melhoria da qualidade de vida e o equilíbrio ambiental.
O que é necessário para plantar uma árvore na rua em Porto Alegre
Cada cidade ou região possui uma legislação própria para reger a flora urbana. No caso de Porto Alegre, a responsabilidade sobre o plantio em espaços públicos é da Smamus – o que não impede que um morador plante por conta própria, desde que cumpra os requisitos técnicos.
Para plantar uma árvore em calçadas, canteiros centrais, praças e parques da Capital, é preciso garantir que a planta não causará problemas no futuro. Escolher as espécies adequadas para cada lugar faz parte do processo, já que é necessário saber quais mudas exigem covas maiores ou mais profundas, que deem conta do tamanho atingido pela árvore na fase adulta.
Uma das dificuldades que os moradores podem enfrentar está na hora de cavar os buracos para o plantio. Verônica explica que os solos das cidades são compactos, e por isso precisam do equipamento adequado para a perfuração. A arquiteta e urbanista ressalta a importância do diálogo entre a população e a Smamus.
— A população pode ajudar a Smamus informando locais com potencial para receberem plantios e, caso se mostre viável, cuidar do plantio realizado, para que de forma colaborativa tenhamos sucesso na arborização da nossa cidade, com árvores sadias e bem planejadas.
Quem é responsável pelo plantio
A população pode solicitar que a prefeitura plante uma árvore nas vias públicas ou pode fazer por conta própria, mediante autorização. No primeiro caso, os custos e a logística do plantio e do cuidado posterior da planta são de responsabilidade do município, via Smamus.
Interessados podem entrar com um pedido para o órgão realizar estudo de viabilidade, para garantir que as condições de plantio sejam adequadas. O serviço está disponível no site da prefeitura e pelo 156.
Também é possível plantar árvores em espaços públicos por conta própria. Para isso, os moradores precisam solicitar a autorização da Smamus, que exige vistoria e estudo de viabilidade técnica. Nesse caso, o cidadão deve arcar com os custos, a logística e os insumos. O serviço pode ser acessado no site da prefeitura e pelo telefone 156.
Em ambas as situações, a secretaria checa se a espécie e as condições de plantio – como tamanho da cova e forração – estão adequadas para a região. Caso o plantio seja em um terreno privado, como na casa ou no prédio do morador, não é necessário autorização da Smamus.
A lista de espécies permitidas em Porto Alegre pode ser conferida abaixo:
*Produção: Caroline Guarnieri