O navio grego Bouboulina, anunciado pela Polícia Federal como suspeito pelo derramamento do óleo que atinge praias do Nordeste desde 30 de agosto, já foi utilizado pela Petrobras pelo menos uma vez, segundo o jornal O Globo. Em reportagem, o portal indica que a informação consta em documentos entregues pela estatal à Operação Lava-Jato.
A Petrobras forneceu aos procuradores responsáveis pela Lava-Jato uma lista com navios que já havia contratado junto a armadores gregos. Entre eles está o Bouboulina, da empresa Delta Tankers, que prestou serviços à petroleira em 2011, por US$ 1,84 milhão.
No relatório, consta também que a companhia grega operou outros quatro navios para a estatal entre 2011 e 2013, a um custo total de US$ 9,4 milhões (cerca de R$ 37 milhões).
A investigação da Lava-Jato apontou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como autor de um esquema para privilegiar empresas gregas em contratos com a petroleira. Os promotores realizaram a denúncia em 2017, mas não denunciaram diretamente a Delta Tankers. Procurada, a companhia grega não respondeu à reportagem do O Globo.