O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O ano de 2024 foi "puxado" para os brasileiros e, principalmente, para os gaúchos.
Se olharmos as retrospectivas, no Rio Grande do Sul tivemos a maior enchente já vista na história do Estado. No país, incêndios devastadores na Amazônia e o atentado na Praça dos Três Poderes. No mundo, conflitos no Oriente Médio se intensificaram e outros novos surgiram.
Contudo, também foi um ano de boas notícias, embora quase ninguém lembre.
A coluna reúne abaixo algumas, de tantas, que nos ajudam a seguir acreditando em dias melhores.
UFRGS entre as melhores
Em novembro, a publicação britânica Times Higher Education (THE) anunciou as melhores instituições de Ensino Superior da América Latina. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ocupa o 7º lugar, sendo a segunda brasileira na lista. Também ocupa a melhor posição entre as federais brasileiras na edição 2024 do Shanghai Ranking (ARWU) e a melhor federal e quarta melhor universidade brasileira pelo CWTS Leiden Ranking.
Expedição internacional liderada por um gaúcho
Chefiada pelo professor da UFRGS, Jefferson Simões, o navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov está percorrendo 20 mil quilômetros em uma iniciativa científica pioneira no continente gelado. A equipe conta com 57 pesquisadores de sete países, em uma amostra de que a ciência une diferentes nações e contradizendo os mais pessimistas em relação a uma possível colaboração internacional. O retorno da expedição está previsto para 25 de janeiro de 2025.
Gaúcha premiada pela ONU
A freira Rosita Milesi, natural de Farroupilha na serra gaúcha, foi laureada com o Prêmio Nansen, principal condecoração da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) — órgão ligado à ONU — pelo seu trabalho desenvolvidos com refugiados no Brasil. Rosita dirige o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), que realiza atendimento a migrantes e refugiados em território brasileiro.
Novos tratamentos no SUS
O Ministério da Saúde passou a oferecer um medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com Parkinson e demência, ampliando o tratamento dessas doenças na rede pública. O órgão também aprovou a incorporação de um antirretroviral para o tratamento de pessoas adultas que vivem com HIV ou aids.
Brasileiros que sabem ler e escrever
O Censo 2022, divulgado neste ano, mostrou que a taxa de alfabetização entre os brasileiros é de 93%. Ou seja, entre 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais, 151,5 milhões sabem ler e escrever. O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado com a maior taxa de alfabetização, com 96,9%.
Menor índice de pobreza da série histórica
O Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, de 2023, constam na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024.
Quase 10 milhões de universitários
O Brasil conta com 9,9 milhões de universitários, o maior registrado nos últimos nove anos. O número total conta estudantes dos cursos de ensino superior, tanto presenciais quanto a distância. Os dados divulgados em 2024 pelo Ministério da Educação mostra que o índice cresceu 5,6% em 2023 na comparação com 2022.
Plástico biodegradável
Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (CAS) descobriram uma forma de fazer com que o plástico se desintegre em um mês. Cientistas se basearam em uma proteína conhecida como “mastigadora de plástico”, produzida naturalmente por uma espécie de bactéria descoberta em 2016 no Japão.
Água do mar potável
Pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, criaram um dispositivo solar que faz a dessalinização da água do mar, ou seja, torna a água marinha em potável. A tecnologia capta energia com eficácia de 93%, não exige manutenção e é autolimpante.