A Polícia Civil afirma que trata como "prioridade" o caso de assassinato de uma estudante da UFRGS na terça-feira (23), na Ilha das Flores, bairro Arquipélago, em Porto Alegre. Sarah Silva Domingues, 28 anos, estaria fazendo pesquisa de campo para o trabalho de conclusão do curso (TCC) de arquitetura. Por volta das 19h30min, ela foi baleada e não resistiu. Segundo a polícia, a mulher não tinha qualquer ligação com o crime.
A investigação indica que os tiros foram disparados por dois homens que passaram pelo local em uma moto.
— A Polícia Civil segue empenhada para dar uma resposta à altura, identificando executores e também os mandantes — disse, em vídeo divulgado nesta sexta-feira (26), o delegado Thiago Lacerda, diretor da Divisão de Homicídios da polícia em Porto Alegre.
As primeiras hipóteses levantadas pela investigação indicam que o ataque que vitimou Sarah pode ter sido ordenado pelo crime organizado. Na mesma ação, foi morto um homem de 53 anos, identificado como Valdir dos Santos Pereira, que seria dono de um mercado. A 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital apura se era ele o alvo dos tiros e tenta esclarecer a motivação dos homicídios, além de identificar os responsáveis.
Nos últimos dias, a reportagem de GZH vinha tentando contato com integrantes de forças de segurança do Estado para tratar do caso. No entanto, delegados não têm divulgado informações sobre investigações, em razão de um movimento liderado pela Associação dos Delegados de Polícia (Asdep). A categoria não divulga o trabalho por meio da imprensa, com intuito de pressionar o governo estadual a avançar nas negociações sobre reivindicações salariais.