A Polícia Civil divulgou neste sábado (23) imagens de um dos mais de 30 ataques registrados em Porto Alegre e que deixaram 25 pessoas mortas desde 14 de março deste ano. Os confrontos foram em decorrência da disputa entre duas facções.
Segundo a titular da 2ª Delegacia de Homicídios, delegada Roberta Bertoldo, o objetivo da divulgação é identificar quatro homens — de um total de cinco — que participaram do crime, ocorrido no dia 17 de março na Vila Planetário, no bairro Santana.
As imagens mostram o grupo chegando em um carro, com alguns dos integrantes portando armas. Em seguida, os quatro aparecem voltando ao veículo e fugindo.
Conforme a delegada, os homens foram ao local para realizar o ataque que matou um adolescente e deixou quatro pessoas feridas — entre elas, uma mulher e o filho dela, de três anos, atingidos de raspão pelos disparos. O caso ocorreu no beco da Rua 3, localizado entre as ruas Jacinto Gomes e Santana.
Ainda de acordo com a polícia, há um quinto homem envolvido no crime, que não aparece no vídeo. Ele já foi identificado.
O adolescente morto no ataque foi identificado como Rodrigo Fagundes Cabreira, 16 anos, sem qualquer tipo de envolvimento com os crimes. Ele iniciaria um estágio no Palácio da Polícia na mesma semana em que foi assassinado.
Ataques e reação policial
Desde 14 de março, foram mais de 30 ataques na Capital com 25 mortes confirmadas e mais de 30 pessoas feridas. Inicialmente, a motivação foi uma dívida financeira de uma facção que atua na região da Vila Cruzeiro, na zona sul da cidade, com outra que tem base no Vale do Sinos, mas que tem ponto de tráfico de drogas nas proximidades de uma unidade de saúde, no limite da área de atuação do outro grupo.
Para conter essa onda de ataques, houve reforço policial nas áreas mais conflagradas na zona sul da Capital, no eixo entre a Vila Cruzeiro e o bairro Cascata, além da realização de uma grande operação policial para prender suspeitos, bem como demais investigações do Departamento de Homicídios, e transferência de presos que davam ordens para os confrontos.
A delegada Roberta diz que qualquer informação sobre os suspeitos pode ser repassada de forma sigilosa pelo telefone 0800-642-0121.