No sétimo dia de buscas ao menino Miguel dos Santos Rodrigues, sete anos, em Imbé, no Litoral Norte, bombeiros fazem varredura tanto na orla, como em terrenos baldios.
Na semana passada, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, confessou ter arremessado o corpo do filho nas águas do Rio Tramandaí. Ela e a companheira, Bruna Nahiele Porto da Rosa, 23 anos, estão presas.
Pela areia, nesta quarta-feira (4), bombeiros fazem buscas em uma extensão de cerca de 90 quilômetros, entre Tramandaí e Torres. Três equipes percorrem em veículos o trajeto, fazendo paradas em pontos para avistar se há algo no mar. Um drone é utilizado para ampliar a visualização.
Além dos bombeiros de Tramandaí, também participam das buscas também equipes de Capão da Canoa e Torres. Dez militares atuam no momento.
— A água do mar está com boa visualização. O nível do rio e da lagoa estão muito baixos — explica o comandante dos bombeiros de Tramandaí, Elísio Lucrécio.
Os pescadores também foram orientados a informar os bombeiros caso encontrem algo suspeito no Rio Tramandaí. Já a Marinha reforçou o alerta aos navegantes na região. Embarcações só devem voltar a ser utilizadas caso haja alguma informação sobre possível local onde esteja o corpo.
Ao longo do dia, os bombeiros devem voltar a fazer buscas em terrenos baldios. Na terça (3), eles já estiveram em áreas próximas de onde o garoto vivia. A ação pretende descartar todas as possibilidades, já que a informação de que o corpo teria sido jogado na água se baseia no depoimento da mãe e da madrasta.
Yasmin relata ter jogado o corpo do menino no Rio Tramandaí na madrugada da última quinta-feira (29). Bruna também disse à polícia que a criança foi arremessada nas águas. As duas foram transferidas de Torres para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Contrapontos
O advogado Bruno Vasconcelos, até então responsável pela defesa de Yasmin, informou na terça-feira que deixou o caso. GZH entrou em contato com o Tribunal de Justiça para saber se a presa já constituiu nova defesa e aguarda retorno.
A Defensoria Pública também não foi acionada até o momento.
Já a advogada Josiane Tristão Silvano, que defende Bruna, afirmou que ainda vai analisar o inquérito e provas. Ela informou que só deve se manifestar sobre o caso após conversar novamente com a cliente.