A Polícia Civil prendeu no final da tarde deste domingo (1º) a companheira da mãe do menino, Miguel dos Santos Rodrigues, que está desaparecido no Litoral Norte. A mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, que já está detida, afirmou em depoimento ter jogado o menino no Rio Tramandaí. A polícia ainda investigava se a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, teria participação no crime, o que foi confirmado neste domingo, resultando na prisão temporária da mulher.
O menino ainda não foi encontrado. Os bombeiros encerraram as buscas ao entardecer, e retomarão na manhã desta segunda-feira (2), com concentração na orla das praias do Litoral Norte. Neste domingo, a corrente vazante, que leva a água da Lagoa Tramandaí para o oceano, está mais forte, segundo a corporação. O comandante da operação de buscas, tenente Elísio Lucrécio, afirma que pescadores com redes na região foram consultados, e nada foi localizado. Agora, a tendência é de que o menino tenha ido para o oceano.
— Nós vamos seguir de prontidão para caso alguém tenha avistado algo na lagoa ou no rio e vamos deslocar o efetivo caso haja chamado. Agora vamos concentrar as buscas na orla. Já pedimos para o nosso pessoal em Capão da Canoa e Torres que faça o mesmo e os bombeiros de Santa Catarina também já estão avisados. A corrente está indo do Sul para o Norte, então é provável que apareça naquela região — afirma o tenente.
A Polícia Civil segue realizando diligências neste domingo e procurando indícios do que teria de fato ocorrido, e aguarda o resultado das buscas.
A mulher de 26 anos que afirma ter jogado o próprio filho de sete anos no Rio Tramandaí depois de tê-lo dopado está detida no presídio de Torres. Conforme o delegado Antônio Carlos Ractz, a mulher detalhou como teria cometido o crime. A mãe contou ter dopado a criança com fluoxetina e depois colocado o corpo em uma mala na madrugada de quinta-feira (29). Em seguida, teria saído com a companheira da casa onde moravam, na área central de Imbé. Ela saiu puxando a mala com rodas e foi até o Rio Tramandaí, onde diz que retirou o corpo do menino e jogou na água. Ela afirmou não saber se ele estava morto quando jogou.