A Polícia Civil prendeu em flagrante, por homicídio, uma mulher de 26 anos que confessou ter matado o filho de sete anos em Imbé, no Litoral Norte. Ela procurou a delegacia para registrar o desaparecimento do menino, mas acabou relatando ter dopado a criança e arremessado o corpo no Rio Tramandaí.
Os bombeiros iniciaram buscas ainda na quinta-feira (29). Os trabalhos continuam na manhã desta sexta (30).
Conforme o delegado Antônio Carlos Ratcz, a mulher detalhou como teria acontecido o crime. A mãe contou ter dopado a criança com fluoxetina e depois colocado o corpo em uma mala, na madrugada de quinta. Em seguida, teria saído com a companheira da casa onde moravam, na área central de Imbé.
— Era uma mala de rodinhas. Ela saiu puxando e foi até o Rio Tramandaí, onde diz que retirou o corpo do menino e jogou na água. Ela não sabe se ele estava morto quando jogou. Nesse tempo todo de polícia, é uma das coisas mais horrendas que já vi — afirmou o delegado.
Embora tenha ouvido a mãe e a companheira, o policial optou no momento por autuar somente o flagrante da mãe. Isso porque percebeu indícios de que a companheira sofra de problemas mentais — a responsabilidade dela será apurada ao longo da investigação.
No depoimento, a mãe alegou que o menino era teimoso e que se negava a comer. Segundo o delegado, ela mesma relatou torturas físicas e psicológicas que eram sofridas pela criança.
— Ela diz que ele pedia comida, que era mal educado. O menino ficava em uma peça de um por um metro. E ela já havia comprado dois cadeados com intuito de acorrentar o filho — disse Ratcz.
A mulher também relatou ao delegado que decidiu registrar o caso como desaparecimento porque acreditou que assim o crime não seria descoberto. O garoto seria o único filho dela. A polícia pedirá que a prisão seja convertida em preventiva.
As buscas
Os bombeiros iniciaram ainda durante a noite de quinta-feira as buscas ao menino, que foram interrompidas na madrugada. A procura foi retomada na manhã desta sexta-feira.