A Brigada Militar (BM) mantém segurança reforçada no Hospital Cristo Redentor, zona norte de Porto Alegre, após tiros na noite da última sexta-feira (16). Criminosos atiraram contra o carro de familiares de três homens que buscavam atendimento na emergência, após terem sido baleados no bairro Sarandi por questões envolvendo tráfico de drogas. Uma mulher que acompanhava o grupo teve ferimentos. A Polícia Civil busca por mais imagens na tentativa de identificar os suspeitos.
O comandante do 11º Batalhão da BM, tenente-coronel André Feliú, ressalta que o reforço de policiais vai seguir até que três feridos deem alta do hospital. Feilú não divulga números do efetivo por questões estratégicas, mas destaca que há efetivo interno e externo desde sexta-feira à noite. O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que administra o Cristo Redentor, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a segurança do local também foi reforçada, assim como o controle de pessoas que ingressam.
Já o delegado Luís Firmino, titular da 3ª Delegacia de Homicídios da Capital, destacou que foram obtidas imagens do fato, mas que ainda precisam de uma análise mais detalhada e outras possíveis imagens estão sendo procuradas. Por enquanto, Firmino diz que não há suspeitos e que já foram ouvidas as três vítimas e cinco testemunhas. Dois carros que chegaram com os baleados foram periciados e o resultado de uma delas aponta, por enquanto, apenas um disparo de arma de fogo no local. Mais resultados são aguardados.
Firmino ressalta ainda que os tiros — até agora a polícia confirma um, mas testemunhas relatam ter viso e ouvido mais disparos — foram continuidade de um outro crime, também na Zona Norte. Criminosos atiraram contra três pessoas que conversavam no condomínio Irmãos Maristas, na vila São Borja, bairro Sarandi. Os veículos dos feridos foram perseguidos até o Cristo Redentor, quando houve a sequência do fato.
O pano de fundo do conflito é a presença de um traficante da Vila Nazaré no condomínio para visitar um parente. O prédio fica na vila São Borja e as duas localidades são dominadas por grupos rivais do tráfico de drogas.