A Polícia Federal (PF) vai ouvir nesta segunda-feira (21) mais dois presos na semana passada durante operação contra a Unick, empresa investigada por suspeita em fraude no mercado de moedas virtuais, em esquema que funcionaria como uma pirâmide financeira. Nove pessoas foram presas temporariamente por suspeita de integrar o núcleo da empresa que tem sede em São Leopoldo, no Vale do Sinos, e que prometia lucros de 100% sobre o valor investido em até seis meses. Um décimo investigado alvo de mandado de prisão temporária segue foragido.
Outros três presos na Operação Lamanai já prestaram depoimento nos últimos dias e os demais devem ser ouvidos até a próxima quarta-feira. Todos seguem detidos e não houve comunicado oficial de habeas corpus.
Enquanto isso, os agentes seguem analisando documentos e mídias apreendidos, incluindo informações coletadas durante a operação, como dados de e-mail e de celulares. Também é aguardado um relatório do Banco Central com o balanço do bloqueio de contas correntes dos investigados e, por isso, ainda não há informação sobre valores envolvidos na ação.
A defesa da empresa disse que vai se manifestar após analisar o inquérito. A Unick tem 740 mil cadastros ativos em todo Brasil. Segundo a PF, a empresa teria movimentado R$ 9 bilhões e grupo tinha cerca de um milhão de clientes e operava em aproximadamente 14 países Além dos 10 mandados de prisão, ainda foram cumpridos no dia 17 deste mês 65 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Curitiba (PR), Bragança Paulista (SP), Palmas (TO) e Brasília (DF).